A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA FRENTE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM CENTROS DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS): MEDIAÇÕES ENTRE POLÍTICAS PÚBLICAS E SUBJETIVIDADE NA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL
Palavras-chave:
Políticas públicas, psicologia histórico-cultural, violência contra a mulherResumo
A violência contra a mulher é um fenômeno estrutural e histórico, relacionado às desigualdades de gênero, classe e raça, expressando-se cotidianamente nas relações sociais e nas instituições. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), criado no contexto da implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em 2005, é uma unidade pública estatal que representa a principal porta de entrada para a proteção social básica, sendo responsável por ações de prevenção, orientação e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários (Brasil, 2004). Justifica-se, portanto, analisar criticamente a atuação da psicologia nesse espaço, especialmente no enfrentamento da violência de gênero, considerando sua capacidade de mediar processos subjetivos e sociais a partir da perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar, com base em estudo bibliográfico, as possibilidades e os limites da atuação da psicologia nos CRAS frente à violência contra a mulher, considerando suas mediações na produção da subjetividade, à luz dos fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, de base bibliográfica, fundamentado no método materialista histórico-dialético, que inclui como principais autores Vigotski, Sawaia e Gramsci. Além disso, foram consultados documentos oficiais, como a Política Nacional de Assistência Social – PNAS (Brasil, 2004). A análise evidenciou que o CRAS, embora limitado por precarização estrutural, escassez de recursos e alta demanda, possui potencial como espaço de resistência simbólica e intervenção subjetiva.
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